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Resumo da Aula: Esporte, Cultura Corporal e Hegemonia

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Mensagem por Samuel Sena Qui Ago 17, 2017 4:09 am

No início do texto utilizado para a discussão o autor diz que "O esporte é um fenômeno dos seres humanos [...] que deve ser socializado à humanidade numa perspectiva emancipatória, atrelada a um projeto formador e revolucionário, o socialista.", isto é, o esporte deve estar atrelado à sociedade de tal maneira que possa libertá-la do sistema no qual se vive. Desde o início das discussões acerca do esporte e suas influências sobre a sociedade, percebeu-se e concluiu-se que este vai muito além de apenas uma prática corporal, mas age também como meio de manipulação; neste texto, o autor discorre sobre como o esporte pode ao mesmo tempo servir como meio de libertação dentro das escolas e em um âmbito pedagógico.
O autor também relaciona o esporte com a cultura, e assim o faz ao explorar um pouco seu contexto histórico (prova isto ao dizer que "[...] a cultura é o produto da vida e da atividade do homem. É um fenômeno social pertinente ao desenvolvimento histórico."). Assim, diz que "o esporte é [...] uma atividade histórica culturalmente desenvolvida", e a cultura está fortemente relacionada com o trabalho, visto que acontece em sintonia com as necessidades socialmente elaboradas.
Sobre o trabalho, Newton Duarte afirma que os seres humanos, no decorrer de sua evolução, tornaram-se aptos à realização do trabalho como meio de satisfazer suas necessidades humanas e, no decorrer de seu processo histórico, o ser humano sentiu a necessidade de criar relações sociais; e é nesse contexto que se insere a cultura como mediadora entre o processo histórico de todo o gênero humano, e o "processo de formação de cada indivíduo como um ser humano". Compreende-se que as relações entre indivíduos são construídas através da admissão de valores culturais resultantes da experiência da vida prática.
Compreendido o papel da cultura na formação das relações sociais, visa-se refletir que na educação das escolas, as práticas corporais pertencentes à educação física, assim como o esporte, "são fenômenos próprios dos seres humanos, da cultura", e, assim como a cultura participa da formação das relações sociais, estando as práticas corporais e o esporte inerentes à ela, conclui-se que ao introduzir tais práticas na didática desta disciplina nas escolas, é preciso que estas tenham em vista que o esporte é uma prática que, além de suas peculiaridades já conhecidas (motoras, fisiológicas e orgânicas), exerce influência marcante no sistema de relações da sociedade. A prática pedagógica, nesse sentido, age como meio de transformação social que transcende as salas de aula ou as quadras, mas tem sua aplicação da vida prática (realidade).
É de conhecimento geral que, "a perspectiva predominante nas escolas é a do esporte de rendimento", como ressalta Carmen Soares, ou seja, mesmo que se saiba que o esporte tem todo esse poder de influência e manipulação de massas, ainda é visto apenas como atividade física (ou o conhecido "baba") até mesmo por boa parte dos professores de educação física e coordenadores das escolas de todo o país. É engraçado e ao mesmo tempo um pouco triste que o esporte "influencia até mesmo no gosto das pessoas, no modo de se vestir, no modo de agir, nos sonhos, nas relações de poder, etc.", e mesmo assim ainda não é levado a sério e explorado como deveria ser pelos educadores.
Precisa-se compreender que mesmo com a "institucionalização" e "padronização" do esporte (como a implantação de regras, normas e regulamentos), este ainda não perdeu o seu real valor, e por isso deve ser aprendido e ensinado em sua totalidade. Sabe-se que, principalmente para os jovens, é difícil viver no mundo globalizado e capitalista atual, com toda a mídia e publicidade que os envolve, e ainda permanecer com autonomia um posicionamento próprio de ideais e objetivos sem se tornar uma marionete do sistema; por isso, o esporte pode ser um dos meios de se obter emancipação, vista e compreendida sua capacidade de transformar e intervir nas relações sociais de cada indivíduo.

Samuel Sena

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